Só existe ciúme do bem

04/11/2019
Divulgação: internet
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"É só um ciúmesinho bobo, não faz mal". "Quem ama sente ciúmes, isso é normal". "Se não sente ciúmes, não gosta". "Eu acho lindo quando ele sente ciúmes". Todas essas afirmações estão corretas, certo? ERRADO. A verdade é que, quem gosta pode até sentir ciúmes, desde que seja algo saudável, sem posse, porque ninguém é dono de seus respectivos parceiros. E isso não se aplica apenas para os homens, mas também para as mulheres. 

Não somos perfeitos, mas em alguns casos é necessário redobrar os cuidados, para que algo aparentemente simples não resulte em um grave problema. E foi por observar muitas irregularidades desnecessárias sobre esse tema, que resolvi escrever sobre isso. 

Quem têm ciúmes, geralmente pode ser capaz de qualquer coisa para manter o parceiro por perto. Verificar quem o outro segue nas redes sociais, conferir os contatos no celular e limitar o ciclo de amizade são exemplos dessa possessividade. Tem também aqueles mais radicais, que fazem redes sociais fakes para vigiar o outro, colocam detetives ou os seguem pessoalmente. 

Tudo isso por medo de "perder" seu cônjuge para outra pessoa. Mas a pergunta é AONDE ISSO TUDO PODE LEVAR? A um lugar de paz e felicidade plena é uma certeza que não. As consequências se resumem em cada uma pior que a outra. Vejamos.  

Há algum tempo publiquei um texto aqui falando sobre os males da traição. Em meio aos questionamentos falo sobre os motivos que podem levar à traição. Obviamente, nada justifica esse ato. O indivíduo que age assim, faz porque já faz parte da índole. 

No entanto, o ciúme exagerado pode ativar essa cultura de desrespeito ao parceiro, mesmo que ele esteja em stand by (modo de espera). O resultado final são apenas conseqüências negativas para o casal. O fator causador do ciúme é o medo da traição. Mas eis um fato que não é nada novo. O ciúme não irá impedir a traição. Quem trai, trai porque acha isso normal. E quem não trai, também o faz porque consideram errado. Ponto.

Mas enquanto o ciúme for apenas parte do psicológico do parceiro, a gravidade não chega a ser tanta. O Problema mesmo é quando isso se expande para o estado físico, e a pessoa ciumenta começa a ver coisas que não existem. É nesse momento que as providências precisam ser tomadas, caso elas não tenham sido providenciadas antes. 

A possessividade oprime e precisa ser entendida como um tipo de agressão. Os casos de feminicídio ou de tentativas são mais comuns do que deveriam (INFELIZMENTE). Ter carinho e se preocupar com o parceiro, tudo bem, mas querer ser dono dele ou dela NÃO É NORMAL. Se essa situação se manifestar em nossa vida conjugal, temos que tomar as providências. Podemos seguir dois caminhos: se afastar enquanto é tempo ou esperar as consequências para depois, se tivermos oportunidade, denunciar e partir para outra. 

Mas, e se o outro der motivos para os ciúmes? É só tentar conversar sobre o que está incomodando, como duas pessoas maduras e sensatas fariam. E se as suspeitas de traição forem confirmadas, a melhor sugestão é ir embora, se desvincular. Não faz sentido algum continuar ao lado de uma pessoa que só nos sufoca, nos faz mal. 

Alguém que pensa ser nosso dono. Os tempos de escravidão acabou faz muitos anos. Só pessoas inteligentes resolvem as pendências conjugais no diálogo. Uma vez, li um livro muito legal que se chama "Namoro Blindado". Todo mundo deveria ler esse livro, tendo um relacionamento ou não. 

Então é isso, meninas. Não permitam que o parceiro de vocês achem que é dono de suas vidas. NINGUÉM É DONO DE NINGUÉM. E isso serve também para nós mulheres. Ciúmes possessivos não impede o parceiro de trair. E essa obsessão exagerada só vai prejudicar o relacionamento, porque vai deixar o conjunge inseguro sobre os sentimentos que nutre pelo seu par. É bem simples, é só se colocar no lugar de outrem. 

Um parceiro não é parte do corpo de ninguém, e muito menos tem que nos completar. JÁ SOMOS COMPLETAS. Um relacionamento tem que somar, nos fazer bem, nos deixar feliz, qualquer coisa fora desse contexto não é certo. E sem essa de achar que não vai conseguir viver sem aquela pessoa. Temos que nos apaixonar pelo que a pessoa realmente é, e não pelo que queremos que ela seja. 

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