O superficial é melhor que o profundo

10/08/2019
Divulgação: internet
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empoderellas@hotmail.com

O mundo está assim, artificial, superficial. As pessoas amam, se relacionam e trabalham dessa forma. Da forma mais rápida possível que encontram. Sem se preocupar com a satisfação de quem estar recebendo o que foi prestado. Quase tudo passa batido, e as pessoas acabam se conformando com o superficial. Nem se lembram mais de como o profundo pode ser bom (e importante). São relacionamentos líquidos. Tempos líquidos. 

Nada dura por muito tempo, e as pessoas não se dão conta do quanto estão perdendo com isso. Os relacionamentos amorosos, platônicos, fraternais e familiares não são mais tão valiosos, como nos tempos antigos. Mas por que isso acontece? O que leva as pessoas a agirem dessa forma, a qual valorizam mais o superficial e esquecem o profundo? Vamos discutir um pouquinho sobre esse tema, para tentar entender. 

Nos tempos antigos (mas nem tão antigo assim), os amigos se preocupavam em visitar uns aos outros. Os namorados presenteavam seus respectivos parceiros (as) com cartas românticas e a família tinha um significado muito maior. Na ausência do celular, não nos preocupávamos tanto em registrar os bons momentos com fotos e vídeos. O que realmente importava era aproveitar cada segundo. Bastava ficar para sempre na memória. Não existia redes sociais, então as pessoas não se importavam tanto com status. Sou de um tempo que, Se um amigo ficava doente, o outro iria lá visitar, fazer companhia, fazer um café, um cafuné.

Uma certa vez, fiquei muito doente internada no hospital, sem poder ir à escola, então uma amiga fez um trabalho em meu nome, entregou para a professora e tirei a nota máxima. E eu só fiquei sabendo disso depois. Era assim que funcionava. Eu também faria o mesmo. Na verdade, sou assim até hoje, porque foi assim que fui criada, ensinada. Mas o mundo está superficial, as pessoas não estão acostumadas com o isso, e por isso, desconhecem o profundo.

Nos dias atuais, amigos quase não se encontram. Talvez achem suficiente uma amizade apenas virtual. EU NÃO ACHO. Eu preciso viver as coisas presencialmente, pessoalmente. Para mim, é isso que realmente vale. É isso que a gente deveria realmente valorizar. Minhas amigas acham estranho quando faço algo pequenininho por elas. Uma massagem, um café, dobro as roupas do armário. Mas eu vejo isso como algo completamente normal. Porque fui ensinada assim. 

Fui crescendo vendo algumas pessoas agirem assim (até um determinado momento). Mas a maioria das pessoas desconhecem isso, desconhecem o profundo. Quando alguém age com profundidade, as pessoas acham estranho, acham que tem algo errado, ou que aquela pessoa quer algo em troca. Tudo isso, porque estão completamente habituadas e adaptadas ao superficial. E, por isso, é "normal".

Mas a gente precisa mudar isso. Chega de se conformar com o superficial. Chega de achar o profundo estranho, porque ele não é. É preciso se dedicar pelas pessoas que amamos, demonstrar todo o amor que há em nós. Falta reciprocidade positiva nos relacionamentos (conjugal, fraternal, familiar, platônico), e precisamos resolver isso. Visitar os amigos, fazer cartinha, perguntar se está tudo bem, presentear em datas não específicas e amar por inteiro. Amar por completo. 

Temos que fugir do superficial, porque o mundo precisa do profundo. As pessoas necessitam sentir o real, o verdadeiro. Demonstrar amor não é feio, nem vergonhoso. É lindo. As pessoas precisam desacostumar do superficial e mergulhar de vez no profundo. Só assim o tempo deixará de correr tão de pressa, e encontraremos tempo suficiente para sermos profundos, amar e demonstrar por inteiro. O profundo é, e sempre será melhor que o superficial.  

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